A primeira mártir do Islam, Sumayyah bint Khabbat (550-615), era uma escrava de origem africana pertencente ao clã dos Banu Makhzum de Meca. Ela foi dada em casamento por seu mestre, Abu Hudhaifah ibn al-Mughirah, ao viajante iemenita Yasir Ibn Amir, que tinha vindo a Meca em busca de seu irmão perdido. Passando a viver sob a proteção de Abu Hudhaifah, Yasir e Sumayyah tiveram um filho em 566, e o nomearam Ammar. Com o advento do Islam, Sumayyah e sua família foi um dos primeiros a se converterem, passando a integrar a pequena comunidade e professando a religião de modo mais aberto.
Então, os pagãos começaram a perseguição religiosa, primeiro pelos muçulmanos mais pobres e vulneráveis dentre os quais Sumayyah e sua família se encontravam. Membros do clã dos Banu Makhzum a torturavam e a sua família, a deixando dentro de um grande recipiente de água erguido, de modo que ela não pudesse sair, e em outras ocasiões, prendendo ela, seu marido e filho a cotas de malha no sol ardente. Apesar de ter uma certa idade e de compleição frágil, Sumayyah era muito resistente as torturas, jamais renunciando sua fé.
Uma noite, Abu Jahl, também membro do clã Makhzum e um dos maiores perseguidores de muçulmanos, veio vê-la ali e ele começou a insultá-la verbalmente, tentando forçá-la a louvar os ídolos para que fosse libertada. Mediante sua recusa, ele então ele a matou esfaqueando e empalando-a com sua lança.
- Ibn Ishaq, Sirat Rassulullah; Ibn Saad, Kitab al-Tabaqat al-Kabir.