"O exemplo daqueles que tomam protetores, em vez de Allah, é igual ao da aranha, que constrói a sua própria casa. Por certo que a mais fraca das casas é a teia de aranha. Se o soubessem!" (Alcorão 29:41)
A crítica corânica aos que se apegam a outros protetores além de Allah é direcionada aos que tomam não só outros seres humanos, mas também aos que tomam Satanás e ídolos da mesma forma. Na perspectiva da escritura islâmica, somente Allah é o derradeiro protetor, enquanto o Profeta e a comunidade dos crentes são protetores através de manifestações divinas no reino humano. No versículo, a alegoria das proteções oferecidas por qualquer outro além de Allah é a da "casa da aranha", devido à fragilidade da teia, que se desfaz ou se destrói com o menor esforço, assim como a proteção aparentada por qualquer outro além de Allah. Neste sentido, o versículo também aponta para politeísmos ocultos dos que adoram à Allah para serem vistos ou protegidos pelos homens. Por esta perspectiva, qualquer crença ou ideologia produzidas por seres humanos para proporcionar "proteção" são também como "casas de aranha", frágeis e débeis diante da proteção fornecida por Allah.
Tafsir de Referência: al-Razi, Tasfir al-Kabir.