Os jinns são as criaturas mais livres de Deus: não são sedentários, não estão presos a um território, podem voar, viajam a todo tempo e adquirem conhecimentos das maneiras mais variadas possíveis.
No entanto, durante o tempo do Mensageiro de Deus, os jinns viram parte de sua liberdade ser abruptamente limitada: já não eram capazes de voar e atravessar o céu como faziam antes. Dessa forma, tiveram que se contentar com a vida na terra.
Os jinns buscavam novidades a todo momento, até que um grupo deles passou pelo Mensageiro de Deus, que estava recitando o Alcorão para seus companheiros. Ao observarem a cena, ficaram atônitos e resolveram parar diante do Profeta, ouvindo-o recitar.
Os jinns ficaram extasiados com o conteúdo do que era recitado pelo Profeta, sobretudo por lhes lembrar daquilo que fora pregado por Moisés.
Allah descreveu a cena no versículo 29 da sura 43: "Recorda-te [Muhammad] de quando te enviamos um grupo de jinns para escutar o Alcorão. E quando assistiram à recitação, disseram: 'Escutai em silêncio!' E quando terminaste a recitação, voltaram ao seu povo, para admoestá-lo".
Enquanto o Mensageiro de Deus recitava o Alcorão, os jinns recomendavam uns aos outros o silêncio e que prestassem devida atenção ao que era recitado. Ao fim da recitação, os jinns retornaram para seu povo e passaram a admoestá-lo com base no que ouviram.
No versículo seguinte, 30, Deus descreve: "Eles [jinns] disseram: 'Ó povo nosso, em verdade escutamos a leitura de um Livro, que foi revelado depois do [Livro] de Moisés, corroborante aos anteriores, que conduz à verdade e à senda reta.'"
Os jinns tinham conhecimento do que fora revelado a Moisés, por isso, notaram a natureza divina daquilo que era recitado por Muhammad. Assim, passaram a orientar seu povo para seguissem Muhammad, o Mensageiro de Deus, aquele que os indicaria o caminho até o Criador.