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Constantino, o Africano e alguns pacientes | Wikimedia

Constantino, o Africano (1020-1087), era um mercador católico de origem cartaginesa que viajou para a Itália e levou consigo muitos livros de cientistas muçulmanos em árabe e os traduziu para o latim. Além de apagar o nome dos verdadeiros autores, também os atribuiu a autores gregos e a si mesmo. Por aproximadamente dois séculos, o livro Kamil al-Sinaa al-Tibbiyya de Ali ibn Mussa foi considerado uma obra de Constantino.

Outro que se apropriou do legado intelectual islâmico foi Michael Scott (1175-1232), que sabia árabe e era fascinado pelos trabalhos de cientistas muçulmanos, traduzindo algumas obras sobre ciência e medicina para o latim. Nestas estava incluso o trabalho de Nur al-Din al-Batruji sobre astronomia e comentários de Ibn Rushd em algumas das obras de Aristóteles. Então, "requentou" o conteúdo de alguns destes livros em um novo manuscrito e atribuiu sua autoria para Nicolaus Damasceno, que viveu no primeiro século da era cristã.

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