Nizam
Fonte: The Encyclopaedia of Islam


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O ébano, chamado pelos árabes de abanus, foi um importante produto comercializado pelos muçulmanos desde os Tempos Medievais. Importada da África (Etiópia) e da Índia, a madeira nobre proveniente das árvores do gênero Diospyros já era conhecida desde a Antiguidade, e considerada um produto raro. Dotada de uma cor negra intensa e uma finura de grão que torna quase impossível distinguir a fibra, presta-se sobretudo para o artesanato.

Durante a História Islâmica, era comum usar o ébano para produzir peças de xadrez para as pretas (e o marfim para as brancas), dados; em mosaicos do tipo marchetaria; em móveis, portas, entalhes e lambris. A respeito da opulência muitas vezes dispensada pelos Califas para prestar respeito às coisas sagradas, conta-se uma história: quando a Mesquita do Domo da Rocha estava sendo construída em Jerusalém sob as ordens do califa omíada Abdul Malik, a rocha sagrada foi cercada por uma paliçada de ébano.

Além disso, o ébano é considerado uma planta medicinal. Suas propriedades farmacêuticas eram conhecidas desde o século IX, a partir das traduções de Dioscórides e Galeno. Era considerado um adstringente útil para a inflamação filactênicas e catarro crônico dos olhos; também era ingerido na forma de um pó para os intestinos e o estômago, e era espalhado sobre queimaduras. 

Referências:

Abu Mansur Muwaffak, al-Abniya (Seligmann), 31;

Ibn al-Baytar, Bulak 1291, 8; trad. Leclerc, Notices et Extraits, xxiii / i, 16;

Kazwini (Wüstenfeld), i. 247. (J. HELL). In: The Encyclopaedia of Islam.

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