O termo "nababo" era originalmente o título dado ao subedar (governador provincial) ou ao vice-rei de um subá (província) ou região do Império Mogol. Com o tempo, os nababos tornaram-se independentes do grão-mogol (imperador) e o título passou a ser empregue para designar alguns dentre os soberanos muçulmanos de principados na Índia; note-se que nem todos os soberanos muçulmanos envergavam o título de nababo. Neste último sentido, equivalia aos títulos de marajá e rajá empregues pelos soberanos hindus.
O termo origina-se do árabe naib, "delegado". A forma recebida pela língua portuguesa (e diversas outras) decorre da pronúncia bengalesa da palavra: "nabob". Em determinados períodos históricos, o título foi concedido como honraria, sem ligação com o governo de um território. Também foi utilizado na corte da Pérsia durante o Império Cajar e na de Hiderabade. Figurativamente, no idioma português, a palavra e seu derivado, "nababesco", passou a ser usada para designar uma pessoa rica e ostentadora, ou a simplesmente algo suntuoso, da mesma maneira que o termo paxá, que nada mais é de que um "nababo" otomano.
Na imagem: um retrato de Shuja-ud-Daulah (1732 -1775), o 3º nababo de Oudh e Grão-Vizir do Império Mogol.