Bandeira original criada por Sir Mark Sykes para a Revolta Árabe, Museu dos Mártires, Amã, Jordânia.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial e da "velha ordem'', no Oriente Médio, a Grande Revolta Árabe foi o movimento financiado pela Inglaterra para criar uma oposição interna organizada ao Império Otomano. A derrota dos otomanos representou a ocupação da região pelas potências estrangeiras, o que não se via desde os tempos das cruzadas ou da invasão mongol. A bandeira da Revolta Árabe foi projetada pelo diplomata britânico Sir Mark Sykes, em um esforço para criar um sentimento de "arabidade" contra o Império Otomano e facilitar a conquista colonial europeia do Oriente Médio. Embora a Revolta Árabe tenha sido muito limitada no escopo e encabeçada pelos britânicos e não pelos próprios árabes em geral, a exceção de alguns líderes como Sharif Hussein de Meca, sua bandeira influenciou as bandeiras nacionais de vários países árabes emergentes após a Primeira Guerra. As bandeiras inspiradas na revolta árabe incluem as do Egito, Jordânia, Iraque, Kuwait, Sudão, Síria, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Palestina, Somalilândia, República Democrática Árabe Sarauí e Líbia.
As cores horizontais visavam representar um suposto passado nacionalista árabe através das bandeiras dos califados abássida (preto), omíada (branco) e fatímidas (verdes). O triângulo vermelho refere-se à dinastia Hashemita descendente do clã do Profeta Muhammad, os Banu Hashim.
Os hashemitas eram aliados dos britânicos no conflito contra o Império Otomano. Após o fim da guerra, os hashemitas obtiveram o governo na região de Hejaz, na Arábia, na Jordânia, formalmente conhecida como Reino Hashemita da Jordânia, na Grande Síria e no Iraque. A Grande Síria foi dissolvida após apenas alguns meses de existência, em 1920. Os hashemitas foram derrubados no Hejaz em 1925 pela Casa de Saud também aliada dos britânicos, e no Iraque em 1958 por um golpe de Estado, mas mantiveram o poder na Jordânia.